O vento parou, junto com ele o mar também se aquietou. Era como se o próprio tempo tivesse parado, nada estava acontecendo, nenhum som, nenhum animal. O único som que ecoava pela casa era a da madeira queimando na lareira.
Ent?o uma suave voz irrompe o silêncio.
- E ent?o? N?o vai me dizer o que era aquela coisa?
Zoe estava sentada em frente à lareira enquanto Saymom olhava para a janela como se procurasse alguém.
- é verdade. Acho que agora seja uma boa hora pra explicar isso.
O rapaz fecha a janela e se senta ao lado da garota no escuro quarto.
Lentamente ele se vira e olha para a garota trêmula que apenas se encolhe um pouco.
Um momento de silêncio se passa, apenas um momento, que parece uma eternidade.
- Aquilo era uma Esquisitice.
Estalo.
O vento volta a correr com toda a for?a fazendo o mar voltar à sua agita??o anormal enquanto a garota se encolhe um pouco mais.
- Esquisitice?
- Sim.
- O que é isso?
- Esquisitices s?o coisas anormais que n?o existem...ou n?o deveriam existir, coisas como espíritos, seres, fantasmas... vultos. Esse tipo de coisa n?o aparece, n?o existe e n?o é nada, s?o apenas frutos da imagina??o... ou era o que eu pensava, mas você acabou de achar um n?o é mesmo?
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A garota esconde o rosto entre os joelhos e dá um pequeno aceno com a cabe?a.
- Elas n?o seguem as regras do nosso mundo, porque, pra come?o de conversa essas coisas n?o deveriam existir, ent?o n?o se pode interagir com eles da maneira normal, assim como feri-los.
- Mas você conseguiu fazer um buraco nele...
- Sim, mas foi pura sorte, eu apenas pensei que fosse algo parecido com um espírito, ent?o usei uma arma da alma e torci para que desse certo.
- Eu n?o consegui fazer nada contra aquilo... eu só paralisei..... porque?
- Nossa mente sabe quando algo é de verdade ou é apenas uma ilus?o. Você sabe diferenciar uma pintura da coisa real, assim como se você ver alguém fantasiado de elfo ou gnomo. Sua mente sabe que por mais que a fantasia boa, ela é parecida, tipo que nem como se fosse igual mas n?o é.
- E dai?
- Você viu uma esquisitice, sua mente sabia que aquilo era de verdade... mas ao tentar saber "O que é isso" sua mente travou. Foi por causa disso que você n?o conseguiu fazer nada.
- Mas, isso n?o explica o porque da mesma coisa n?o ter acontecido com você.
- é bem simples na verdade.
Vento. Silêncio.
O garoto desvia o olhar enquanto fecha os dedos das m?os com for?a. Extremamente receoso, ele n?o disse nada, mas n?o era necessário verbalizar, ela entendeu.
Eu já vi um antes, e n?o foi agradável.
- Bom - Saymom tenta romper o constrangedor silêncio - Ao que parece o clima está realmente horrível, o que vamos fazer?
Ele lan?a um olhar sagas na dire??o de Zoe, que prontamente parece aceitar o desafio.
- Vamos até a floresta, tem algo que eu quero encontrar lá.
Saymom, confuso com o pedido estranho, infelizmente n?o pode recusar já que prometeu levá-la a um lugar bonito... realmente, que escolha ruim de hora.
- Certo certo, nós vamos até lá, mas você tem que se comportar, nada de destruir o lugar todo ou entrar em brigas desnecessárias. CERTO?
A press?o do pedido era grande de mais para negar, até mesmo a orgulhosa Zoe n?o poderia questionar tal ordem.
- C-certo.
- Ent?o se apronte logo, nós vamos até as Ruínas de Zion.
Continua...