"é meu fim!" pensaram ambas, o mesmo pensamento cruzando as mentes das duas generais. O ar estava denso, as respira??es pesadas, e a tens?o entre elas quase palpável. Quando os golpes das duas iriam atingir seus pesco?os, o som das armas cortando o ar foi interrompido por algo completamente inesperado.
O céu se fechou em um instantaneo, um feixe de luz que fez as duas pararem abruptamente. Kay surgiu entre elas, suas m?os erguidas, parando os ataques de Ravena e Yumi com uma for?a inimaginável. O ch?o ao redor parecia tremer, a energia que ele emanava era avassaladora.
As duas se afastaram rapidamente, surpresas, sem entender o que acontecia. No campo de batalha o portal que Kay havia usado para chegar ali se fechava lentamente.
— Por que você está aqui? N?o pode ser... o monarca perdeu? — Yumi exclamou, seus olhos arregalados em choque. A dúvida e o medo estavam claros em sua voz. Ela n?o esperava que Kay aparecesse naquele momento.
Kay, com os olhos transbordando de raiva, n?o respondeu imediatamente. Sua presen?a era esmagadora, como se o próprio peso da fúria e do passado estivesse prestes a se libertar.
Yumi, em um impulso, largou a corrente que segurava com for?a e come?ou a manifestar suas asas, preparando-se para fugir. A tentativa foi rápida, mas Kay foi ainda mais rápido. Em um piscar de olhos, ele apareceu na frente dela, bloqueando sua fuga. Sem dar tempo para ela reagir, Kay tocou seu rosto com a palma da m?o. O toque, era suave, mas a energia em suas m?os eram imensas.
Yumi ficou paralisada, os olhos se arregalaram de medo. O toque de Kay fez seu cora??o bater mais rápido, n?o por amor, mas por uma sensa??o fria que ela n?o sentia há anos.
— é você! Que bom que eu pude te ver novamente! — Kay disse com um sorriso que deveria ser acolhedor, mas o sorriso de Kay n?o transmitia afeto algum. Ele estava cheio de raiva, e a maneira como seu sorriso se alargava fazia com que Yumi sentisse uma onda de terror.
Yumi tentou se afastar, levantando o punho e socando o rosto de Kay com toda a sua for?a. O impacto foi brutal, mas algo estava errado. A dor percorreu a m?o dela como se tivesse batido em uma parede de ferro. Kay n?o se moveu, como se a for?a do golpe fosse irrelevante.
— Me solta! — Yumi gritou, tentando se desvencilhar da m?o de Kay, mas ele a segurava com uma for?a inquebrantável.
Kay a olhou, seu olhar penetrante, e a raiva que ele sentia era quase palpável. Ele inclinou a cabe?a levemente, como se estivesse apreciando aquele momento.
— Amor, já se esqueceu do seu noivo? — disse Kay, a voz cheia de dor, e seu olhar fixo nos olhos de Yumi.
Yumi ficou paralisada. Noivo? Ela n?o compreendia. A palavra reverberava em sua mente como um golpe.
— Noivo? — ela exclamou, tentando se soltar novamente, sua express?o de panico visível enquanto ela tentava entender o que estava acontecendo.
Kay, com um sorriso ainda mais frio e cruel, n?o a soltava. O toque dele era forte demais, o poder que ele possuía emanava de seu corpo com uma intensidade que ela n?o conseguia ignorar.
A batalha ao redor parecia ter desaparecido. O que estava em jogo agora era muito mais pessoal. A raiva de Kay era o que dominava o campo de batalha, e ele n?o estava ali para brincar.
— Você realmente n?o lembra? — Kay murmurou, mais para si mesmo do que para ela, sua m?o ainda no rosto de Yumi. Ele n?o a soltaria t?o fácil.
Kay olhou para Ravena, sua express?o carregada de determina??o. O cabelo dele come?ava a perder a cor, ficando branco como a neve, enquanto seus olhos ficavam ainda mais vermelhos, brilhando intensamente. Sua pele agora parecia a de um ghoul, com um ar sombrio que transbordava poder.
— Amor, desmaia ela pra mim! — disse Kay, sua voz firme, mas carregada de um tom estranho de serenidade.
— Tá! — respondeu Ravena, sem hesitar, enquanto guardava sua arma.
— Me solta! — gritou Yumi, debatendo-se ferozmente nos bra?os dele, tentando escapar com toda a for?a que possuía.
Kay ignorou seus protestos e a segurou com cuidado, passando os dedos em seus cabelos em um gesto delicado. — Eu vou matar aquele monarca... e vou devolver suas memórias. Só espera mais um pouco! — disse ele, enquanto fazia carinho nela com uma ternura que contrastava com a raiva que queimava dentro de si.
Yumi arregalou os olhos. Um sentimento familiar percorreu seu corpo, mas antes que pudesse processar, Ravena se aproximou e, com um golpe preciso no pesco?o, a deixou inconsciente.
— Ela pode acordar a qualquer momento. Prenda ela para que n?o se mova! — disse Kay, com os olhos fixos no horizonte.
— Tá! Toma cuidado, por favor! — respondeu Ravena, preocupada.
Kay assentiu. — Eu vou tomar! — disse ele, enquanto abria um portal à sua frente. Assim que o portal se formou, um ataque de fogo veio em sua dire??o, mas Kay, prevendo isso, abriu outro portal rapidamente. O fogo foi atraído e redirecionado para o campo de batalha onde os monarcas estavam, emergindo do segundo portal e atingindo o Monarca de Fogo.
Kay saiu do portal com calma, finalmente mostrando toda sua presen?a. — N?o consegue esperar para morrer? — exclamou ele, liberando uma aura que parecia distorcer o próprio ar ao seu redor.
Os dois monarcas estavam em pé, mas era visível que haviam se curado há pouco tempo.
— Fugiu no meio da batalha? Você é um lixo! — provocou a Garota Mágica, sua voz carregada de desprezo.
O portal atrás de Kay se fechou lentamente.
— Eu fui reencontrar minha noiva. Foi só um pulinho ali. Agora vamos recome?ar! — disse ele, sem paciência, mas com um sorriso quase predatório.
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As cópias da Garota Mágica ainda estavam ao redor dela, mas algo parecia diferente. Ela estreitou os olhos, sentindo a energia de Kay.
"Tem algo errado com ele. A energia dele está maior... é por causa da transforma??o?" — pensou ela, enquanto se preparava para o próximo ataque.
— Eu ainda n?o testei essa habilidade... Mas vocês ter?o a honra de serem minhas cobaias! — declarou Kay, sua voz ecoando como um trov?o.
— Tente o que quiser! — gritou a Garota Mágica, enquanto suas cópias come?avam a acumular energia. Ao mesmo tempo, o Monarca de Fogo se preparava para atacar Kay.
O ar ao redor tremia.
"Estou tremendo? O que está acontecendo com ele?" — pensou a Garota Mágica, reunindo energia freneticamente.
Kay sorriu, frio como o gelo. — Por quê? Por que eu estava escondendo isso antes? é simples... As pessoas que eu amo est?o assistindo, e eu queria manter minha aparência humana.
— "Amor?" — pensou a Garota Mágica, confusa.
Os dois monarcas lan?aram seus ataques com tudo o que tinham. O Monarca de Fogo lan?ou uma onda de chamas t?o quente quanto lava, enquanto a Garota Mágica e suas cópias combinaram seus raios em um ataque de poder destrutivo absoluto.
— Buraco Negro! — gritou Kay.
— O quê?! — exclamaram os dois monarcas, confusos.
Um pouco longe dali, um enorme buraco negro come?ou a se formar, girando em espiral, sugando tudo ao redor com uma for?a esmagadora. A magia de fogo foi imediatamente atraída para o buraco, retornando contra o Monarca de Fogo. Ele perdeu o equilíbrio por um momento, quase sendo arrastado para dentro, mas estabilizou-se, cravando seus tentáculos no ch?o. Kay, ent?o, abriu um portal e redirecionou o raio da Garota Mágica. O raio saiu pelo outro lado, atingindo o Monarca de Fogo em cheio. Ele foi completamente obliterado, seu corpo sendo lan?ado no buraco negro.
A Garota Mágica ergueu barreiras com suas cópias, lutando para resistir à for?a do buraco negro. Seu olhar se fixou em Kay, que permanecia parado, sorrindo tranquilamente.
— Jure lealdade a mim, e eu pouparei você. — disse Kay, com frieza.
— Por que estava escondendo isso, maldito?! — gritou a Garota Mágica, furiosa.
— Jure lealdade a mim, e eu te pouparei. — repetiu Kay, sua voz carregada de uma autoridade avassaladora.
— Vai se foder! — respondeu ela, rangendo os dentes.
Kay ergueu a m?o novamente. — Isso é algo natural mas que n?o pode ser afetado t?o rapido, portando como tem uma desordem na ordem natural agora... e isso me permite fazer isso! Gravidade Zero!
Uma esfera envolveu a Garota Mágica e suas cópias, fazendo seus corpos flutuarem no ar. Elas foram imediatamente atraídas para o buraco negro, incapazes de resistir.
— Maldito! — gritou a Garota Mágica, enquanto ela e suas cópias eram arrastadas para a destrui??o iminente.
Mas, no último segundo, o buraco negro desapareceu. Kay o desfez com um gesto casual.
— O que...?! — exclamou a Garota Mágica, chocada.
— Eu n?o sei para onde isso leva. é melhor n?o te jogar lá... por enquanto. — disse Kay, sorrindo. — Já consegui o que queria.
— Tá brincando comigo?! Eu vou te matar! — gritou ela, preparando um novo ataque.
Kay sorriu ainda mais. — Eu avisei que vocês seriam cobaias. Se eu alterar um pouco a ordem da natureza... Posso usar habilidades bem interessantes.
— Gravidade Zero! — gritou a Garota Mágica.
Uma esfera envolveu Kay, fazendo-o flutuar no ar.
— Está copiando minha habilidade? Você é cheia de truques. — disse Kay, com uma risada despreocupada.
— Minhas cópias fortalecem a magia. Nem se compara à sua! — respondeu ela, rindo confiante.
Kay estreitou os olhos. — Ah, é? Tente copiar isso. Gravidade Cem!
O corpo da Garota Mágica e de suas cópias foi lan?ado ao ch?o com uma for?a esmagadora, pressionando-as contra o solo.
— Gravidade Cem! — gritou a Garota Mágica, lan?ando Kay ao ch?o.
— Consegue continuar? — provocou Kay, sua voz firme.
— Isso n?o é nada! — gritou ela, com dificuldade.
Kay sorriu sombriamente. — Que tal Gravidade Mil? — perguntou ele, ampliando o peso sobre ela.
O ch?o rachava sob a press?o enquanto a Garota Mágica lutava para respirar. — Interessante... Ainda viva aí? — perguntou Kay, com divers?o.
— Isso... n?o é nada! — disse ela, ofegante.
Kay deu um sorriso quase piedoso. — Que tal... Dez mil?
— Tá brincando? Cinco mil é meu limite, mesmo com toda a minha energia! — gritou ela, desesperada.
— Eu me tornei o conceito de destrui??o. Eu controlo a natureza... E gravidade é algo natural. — disse Kay, levantando-se do ch?o como se nada tivesse acontecido. Ele se sentou casualmente, olhando para ela com desdém. — Quer tentar cinco mil de novo?
A Garota Mágica tremeu antes de abaixar a cabe?a. — Eu... me rendo.
Kay ergueu uma sobrancelha, inclinando a cabe?a. — E...? — perguntou ele, esperando a submiss?o completa.
— Eu juro lealdade a você! — disse ela, sua voz carregada de relutancia, mas firme.
Kay sorriu, um sorriso frio e calculista, enquanto também desfazia a magia que pairava no ar. Com passos lentos e pesados, ele caminhou até ela. Ao parar diante da garota, cortou o próprio dedo sem hesitar e o ofereceu a ela, uma prova de um pacto sombrio.
— Ent?o jure sua lealdade a mim e me sirva com todo o seu ser! — ordenou ele, sua voz t?o afiada quanto uma lamina.
A Garota Mágica hesitou por um breve momento antes de pegar o dedo ensanguentado. Mas algo brilhou em seus olhos: uma centelha de trai??o.
— Nunca! — gritou ela, tentando atacar Kay com toda a for?a que restava.
No entanto, antes que pudesse concluir o movimento, o solo sob seus pés cedeu repentinamente. Um buraco se abriu, e ela caiu nele, surpreendida. A queda foi interrompida por uma névoa púrpura que subiu do fundo.
— Tem resistência a veneno concentrado? — exclamou Kay, olhando para ela com um sorriso cruel.
— Maldito! Você sabia que eu recusaria! — gritou a Garota Mágica, tossindo enquanto lutava contra o veneno que queimava seus pulm?es.
— Claro que sabia. Você se inspira nas Garotas Mágicas, e todas elas, mesmo diante da morte, nunca se rendem. é justamente esse lado de vocês que eu admiro! — Ele cruzou os bra?os, como se saboreasse o momento.
— "Por que...? Que sensa??o estranha é essa?" — pensou a Garota Mágica, confusa com o turbilh?o de emo??es que sentia.
Kay inclinou-se levemente, seus olhos vermelhos brilhando. — Vocês duas s?o uma só. Suas memórias v?o se fundir, mas você continuará sendo a mesma pessoa. Aceite minhas condi??es, jure lealdade a mim, e juntos mataremos todos os ghouls que ousarem ser nossos inimigos! — disse ele, sua voz ecoando como um trov?o.
A Garota Mágica ofegou, lutando para se levantar. — Eu... tenho uma condi??o! — exclamou, levantando o olhar desafiador.
Kay estreitou os olhos, sua express?o se tornando ainda mais sombria. — Acho que você n?o está em posi??o de impor nada! — rosnou ele.
De repente, o bast?o da Garota Mágica come?ou a brilhar intensamente, sendo preenchido por raios que estalavam como chicotes no ar. Ela apontou a ponta do bast?o para o próprio peito, os olhos brilhando com determina??o.
— Se n?o aceitar minha condi??o... Eu me mato! E levo minha hospedeira junto comigo! — amea?ou, pressionando o bast?o contra si.
— Maldita! — rugiu Kay, sua express?o carregada de raiva e frustra??o.
A cena muda.
A Garota Mágica corria em dire??o aos humanos no campo de batalha, seu corpo movendo-se com a mesma gra?a mortal de um raio.
Kay a observava de longe, seus olhos analisando cada movimento dela. Ele estreitou os olhos, focando no campo devastado.
"Todos os ghouls inimigos est?o mortos... Aquele é... um general que se rendeu?" — pensou Kay, desconfiado.
Kay voltou sua aten??o para Julius e Maria, que se abra?avam após o caos da batalha. A cena era tocante, mas carregada de tens?o.
— Desculpa por ter atacado vocês! — disse a Garota Mágica, agora Maria, enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.
— Tudo bem, Maria. Bem-vinda de volta, irm?zona! — respondeu Julius, com um sorriso sincero.
Kay estreitou os olhos, curioso. Mas foi um dos soldados quem deu voz à dúvida que pairava no ar.
— Ela é sua irm? mais velha? é sério isso? — exclamou o soldado, incrédulo.
— Hein? O que você quis dizer com isso?! — respondeu Julius, ofendido.
Kay ergueu uma sobrancelha, sentindo uma pontada de curiosidade. Mas ent?o algo lhe ocorreu, e sua mente come?ou a processar a situa??o.
"Espera aí... Se ela é a irm? mais velha dele, isso significa que ela deve ter mais de 30 anos. Ou seja, ela é ve... ve...!" — o pensamento de Kay foi interrompido por uma dor aguda em sua cabe?a, como se algo o estivesse reprimindo.
Maria percebeu sua express?o e se aproximou, olhando-o com aten??o.
— Que interessante... — disse ela, pensativa. — Uma sugest?o foi imposta a você! — Seus olhos brilharam com determina??o. — Quem fez isso? Foi aquela garota na chamada, aquela que pediu para você me aceitar? — exclamou Maria, intrigada.
Kay afastou-se um passo, pressionando a m?o contra a cabe?a. — Me deixa quieto! — respondeu ele, a voz carregada de desconforto.
Maria estreitou os olhos, avan?ando um pouco mais. — Por que deu tanta liberdade a essa pessoa? Ela é sua imperatriz, n?o é? Você n?o pode ir contra as ordens dela. Para alguém que desafia as leis da natureza, como você, muitas coisas podem ser manipuladas. Por exemplo... Ela poderia ordenar que você matasse alguém que ama, e você n?o seria capaz de desobedecer!
— Se afaste! — gritou Kay, a m?o ainda segurando a cabe?a, como se tentasse afastar a press?o interna.
Maria recuou imediatamente, arrependida. — Me desculpa... Eu falei demais! — disse ela, com a voz baixa, enquanto se afastava.
Kay respirou fundo, tentando recuperar o controle. Seus pensamentos eram um turbilh?o de imagens e palavras desconexas. — "Tem algo importante faltando... O que é?" — murmurou ele, pensativo, enquanto sua mente parecia buscar uma resposta que permanecia fora de alcance.
Ele fechou os olhos por um instante, focando sua respira??o. Quando os abriu, sua determina??o retornara. Sem hesitar, caminhou até o general que havia se rendido, sua presen?a imponente fazendo o monarca derrotado tremer.
— Jure sua completa lealdade a mim e me sirva! — disse Kay, sua voz carregada de autoridade.
— Sim, meu monarca! — respondeu o general sem hesita??o, ajoelhando-se diante dele.
Kay cortou seu dedo e ofereceu ao general, que o engoliu com reverência. Em poucos segundos, o general sentiu um leve aquecimento percorrer seu corpo, como uma chama sendo acesa.
— ótimo. Obede?a meus generais até segunda ordem! — ordenou Kay, antes de se virar e se afastar.
— Sim, meu monarca! — respondeu o general, inclinando a cabe?a.
Kay caminhou na dire??o de Yumi, que agora estava acordada, mas ainda presa pelos tentáculos de Ravena. Seus olhos encontraram os dela, e a tens?o no ar era palpável.