Os primeiros dias de Loc como um simples bebês foram calmos e monótonos, mas muito perto da estabilidade que ele tanto sentia saudade, foi nostálgico, pois boa parte de sua infancia foi tragada na sensa??o da paz.
Sem preocupa??es e os sentimentos latejantes que o sufocavam, ele viveu como alguém em recupera??o psicológica, em síntese, ele fugiu com toda a oportunidade que lhe foi dada de sair da gaiola artificial de emo??es desumanas que ele ficou enjaulado durante anos.
Ele ainda tinha seus lapsos da realidade tirana que viveu, mas todo amor e tranquilidade que ganha diariamente consegue espancar todo o sentimentalismo mortífero que remoía no canto de sua psique.
A maior parte do que fazia era comer, dormir durante muito tempo, inclusive a maioria das vezes sendo sonos sem interrup??es, devido a sua mente flagelada ou pesadelos do pretérito ele acorda a noite, um pouco alarmado, mas n?o paranoico como antes.
Suas necessidades fisiológicas soltas, olhar a paisagem, principalmente quando passava dos bra?os da m?e loira para a ruiva ou seu pai risonho, é seu novo cotidiano neste lugar um pouco exótico.
Mesmo sendo uma nova vida de nem um mês, ele ainda tinha a capacidade de pensar com toda a clareza e lucidez de alguém que atualmente pode focar em somente um pensamento.
N?o ser violado mentalmente por pensamentos turbulentos e caóticos a cada hora, fez Loc sentir ter uma vida normal mais uma vez, exceto por alguém trocar suas fraldas e ver ainda.
Ele viu que seu genitália era a masculina e agradeceu mentalmente por isso, ser deste sexo faz parte da sua individualidade que, embora distorcida, é uma fra??o do seu ser, que ele tenta juntar as pe?as e o deixar o mais de boa possível.
Porém Loc n?o se ilude, ele sabe que o futuro trará as adversidades e que ele é irreparável completamente, ele só pode fazer o que lhe resta neste ócio, cauterizar suas feridas psicológicas com o máximo de apoio que está recebendo de seus novos pais.
Ao longo dos dias ele viu muitas vezes seus pais, Loc inclui a ruiva nisso, pois em qualquer lugar que esteja a loira, a ruiva também, além dela o tratar com muito carinho.
Loc vê seu pai durante a manh? e fim da tarde quando está acordado, ele trabalha em algo que ele n?o sabe, mas ocupa boa parte de seu dia.
As duas mulheres com fisionomia muito parecidas, mas de cabelos opostos, os vê ocasionalmente durante o dia, mas elas se ocupam principalmente após o almo?o.
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Durante a noite, todos dormiam juntos na mesma cama e Loc em seu ber?o enjaulado, ele agradece por n?o ter os visto fazer rela??es sexuais ou por eles n?o ter feito em sua frente. Enfim, qualquer filho s?o n?o tem este desejo doentio pelo que Loc saiba.
Quando n?o está sozinho, ou seja, poucos minutos de seu dia, Loc é visitado periodicamente por um mordomo no início da meia-idade e esguio, ele é muito introvertido, somente o olhando de perto, arrumando seu ber?o e saindo após ficar um tempo arrumando o quarto e administrando sua vigilancia, mas é notável que o gosta, algumas vezes ele pega Loc em seus bra?os e se senta na cama, apenas para sentir a presen?a do bebê em seguran?a.
Loc acha n?o muito fácil ficar em harmonia, porque o mordomo troca de express?o entre uma cara séria e um leve sorriso que n?o mostra os dentes. Sempre vestido com seu terno preto sem gravata ou adornos.
A emprega adulta, já quando chega, o acaricia e diz palavras em um tom gentil e coquete, o leva para ver o cenário pela janela. Loc acha agradável e confortável seu jeito extrovertido e animado, ela é muito parecida com seu pai, porém ela n?o tem o jeito meio extremo de o agradar, como o mostrar a magias com chama ou vento.
Ela tem o hábito de soprar levemente seu nariz e repetir a mesma palavra em todo encontro, Loc sabe que ela está o ensinando seu novo nome, e ele agradece, pois agora reconhece quando chamado ou citado, seu novo nome é Graco.
Loc n?o sabe seu sobrenome, mas talvez a empregada que sempre vestiu o uniforme parecido com um kimono japonês, mas todo branco imaculado, o ensine nas próximas semanas.
às vezes, a emprega de cabelo roxo escuro sempre amarrado em um coque, é acompanhada pelo que, Graco acha ser seu marido, pois o homem, que também usa a mesma vestimenta do outro mordomo, o visitou com ela ou sozinho, mas poucas vezes.
Ademais, os dois têm a aparência de ter a mesma faixa etária.
Ele tem um cabelo castanho claro amarrado em um longo rabo de cavalo, ele n?o fala muito, mas é muito receptivo e expressivo.
Graco sabe que nesta fase da idade em que está, é o momento mais benéfico do aprendizado, com toda a como??o da realidade longe e sem responsabilidades.
Ouvindo frequentemente as conversas sem nexo dos adultos para ele, Graco tenta entender verbos, pronomes, substantivos e adjetivos, pegando como prática o som e a vocaliza??o de uma palavra específica por dia, matutando aquilo até chegar algum deles e tentar repetir em sua frente.
Logo seu novo objetivo se torna tentar sentir novamente aquela sensa??o da m?o de sua m?e o passando a energia fria e quente simultaneamente, Graco tenta respirar cadenciadamente enquanto imagina o ar ser puxado, nada acontece, a medita??o nunca foi seu forte.
Ele n?o viu como sua m?e fez além de sentir a m?o dela, mas se lembra da ruiva invocando água do nada. Obviamente, ele praticava sempre sozinho, ele n?o sabia se isso o consideraria uma aberra??o.
'Ela n?o tinha os olhos fechados e respirava de forma n?o natural, era o que ent?o? Talvez exista um método ou técnica, algum objeto que fez aquilo será?
Graco sempre assistia com extrema aten??o quando alguém fazia os feiti?os em sua frente, principalmente seu pai, e para o estimular, Graco ria e levantava os bracinhos, claro, seu pai o atendia com alegria.
Ele tentava sentir seu corpo ou seu arredor de olhos fechados, Graco pensa que possivelmente para os iniciantes é assim.
Ele pensa que se a magia existe realmente, ela é uma parte deste mundo, uma energia que está presente em seu entorno.
Falhas intermináveis neste exercício n?o o desanimam mesmo após passar algumas semanas nisso, o tempo ele tem, e tal tipo de decep??o n?o o afetaria.
N?o tendo outra escolha ou criatividade de tentar outra coisa a n?o ser a respira??o, Graco foi se enchendo de ar enquanto o expulsava rapidamente do corpo, ou devagar, ou prendendo a respira??o.
Nada foi efetivo, ele n?o sentia nada do que n?o sentiu antes.
Labaredas de frustra??o só come?aram a aparecer quando em algumas semanas, já ocorrendo o ameno calor para um frio ventoso da transferência de esta??es, seu pai, Vermuthi, chega em casa com um grande corte da sobrancelha direita ao trapézio.
Graco, adquirindo a no??o de que, talvez, ele n?o esteja em tempos de paz no lado externo deste quarto, se refor?am. N?o há nada que um bebê possa fazer, mas as suas preocupa??es surgem do trauma de n?o poder ajudá-los a tempo.
'Devo me acalmar, isso n?o vai adiantar. Acho que apenas esperar meu crescimento seja o ideal, mas perderei muito tempo. Ainda tenho a probabilidade de ser um aleijado em rela??o a magia'
Graco, se corroendo internamente, se acalma somente após horas de ver a reuni?o de seus parentes, que ouvem seu pai falar sobre os acontecimentos que ocorreram.
Graco, vendo que a nulidade de se preocupar ainda mais é inútil, deixa-se levar no abra?o de sua m?e. O sono o traz cada vez mais perto de adormecer, e ele deixa ser domado.