Pensei grandes coisas e constru??es para deixar para o mundo, e confesso que n?o encontrei nada que valesse a pena e tivesse o poder de seguir pela linha do tempo. Ent?o juntei meus sonhos com os seus, e nossas melhores partes, que cultivamos para crescer em luz. Filhos, foi o que fizemos de nós, para o mundo, no qual os dispersamos.
Quando Sol, Avenon, Mulo e uma belíssima m?e-da-mata surgiram sob o largo portal Ariel deu um grito de alegria e correu ao encontro deles. Nem bem se detinha perto da m?e-da-mata a puxou para um abra?o cheio de felicidade, dizendo que Valentina continuava t?o bela quanto se lembrava de quando era humana.
- E você, Sol, uma manira-ellos... Você está linda demais. Nossa, e você, sei que é, que era Valentina – riu Ariel voltando-se para a m?e-da-mata. - Como devo te chamar agora? – perguntou segurando efusivamente sua m?o enquanto segurava calorosamente Sol em um abra?o.
- Eu me chamo Darvana – falou no mesmo tom feliz.
- E você, Sol?
- Ainda sou Sol ... – ela riu, apertando-a pela cintura.
Ent?o todos riram e, enchendo o ar de sons alegres, se uniram com Lázarus.
Depois de algum tempo, quando todos se acalmaram um pouco, Avenon olhou para os dois, com imenso carinho.
- Olha, eu já estava ficando preocupado – falou se dirigindo para Lázarus. - A gente ficando velhos, o tempo correndo, e nada de você nos chamar – Avenon reclamou.
- N?o mudou nada, n?o é Avenon?
- Ainda bem que n?o – Sol riu radiante.
- Ah, lá est?o eles – Avenon avisou se virando todo alegre, tal como os outros.
Pelo largo caminho que subia viram cinco seres avan?ando. Eram todos jovens, e pareciam que estavam tensos, as auras quase coladas nos corpos. Havia muita expectativa ali, Ariel sentiu. Foi ent?o, vendo os rostos felizes e orgulhosos dos outros, que Lázarus e Ariel souberam no ato quem eram.
Pela estrada que saia da floresta viram avan?ar uma manira-ellos, uma flor-de-fogo, um ellos de modos majestosos e um casal de dahrars dem?nios, sendo que um deles, a menina, parecia ser a mais poderosa deles, sugerindo ser até mesmo uma juguena. E, junto deles, subiam também uma bela e majestosa pantera negra e um queixada.
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- Sério? Filhos? – Ariel exultou, tapando levemente a boca com as m?os, mostrando a agradável surpresa que a tomava.
Ent?o, sem esperar resposta, Ariel saltou da alta varanda e desceu depressa à frente deles.
Todos os viram parar, maravilhados com aquela cena de um anjo desfrealdando as asas e descendo de súbito de quase 20 metros de altura.
Mas nem tiveram tempo para se surpreenderem, pois nem bem tocou o solo a demiana tomava cada um deles em um afetuoso abra?o.
Com respeito Ariel se ajoelhou ante os dois bichos, que se aproximaram e se encostaram nela. Ariel acariciou suas cabe?as e abra?ou cada um deles, sob os olhares maravilhados das crian?as.
Ao longe os pais e Lázarus ficaram apenas rindo, felizes com um encontro t?o incrível.
- Filhos – suspirou Lázaro. – Achei que dahrars n?o poderiam mais ter filhos.
- Bem, ao que parece n?o foi uma lei t?o geral assim – Mulo sorriu feliz. – Ela é Torvena e ele é Toruen, os que viajam no vento – apresentou os dois Dahrars, que Lázarus fez quest?o de abra?ar, e no que foi correspondido efusivamente pelos dois. – Ela é a mais esquentadinha, mas tem bom cora??o – sorriu satisfeito.
- Esta é Teleruden, a que segue na calda do vento – Sol apresentou a menina flor-de-fogo. - Este aqui com modos de ellos das montanhas é Tarvu Saden, senhor do ar ralo e esta ondina é Avor Grada, a senhora dos baixios.
- S?o lindos, mas como as m?es, n?o como os pais – Lázarus riu satisfeito, recebendo a todas as crian?as na grande sala de Ponta de Mar. - Pelo que vi e senti, vocês est?o sempre juntos, é isso mesmo? – perguntou, fazendo todos se sentarem pelas cadeiras, sofás e bancos espalhados.
- Sim, somos uma família – disse a menina, para satisfa??o dos pais.
- E quem s?o os amigos aí? – Lázarus perguntou sobre a pantera e o queixada.
- Esse é FogodeVenta – Teleruden apresentou o queixada, afagando com carinho sua cabe?a ossuda.
- E este é Borr?o – apresentou Torvena com orgulho.
- Eles têm belos espíritos. Que bom que vocês est?o juntos – Ariel mostrou satisfa??o sob o olhar compenetrado dos animais, que se mantinham silenciosos junto dos amigos escolhidos.
Lázarus n?o pode deixar de sorrir, ao ver que todos eles se sentavam bem perto uns dos outros, mesmo os que mais pareciam arredios. Gostou do que viu.
- S?o muito chatos, mas é o que nos basta – riu Torvena. – Isso até agora...
- Ora, e por que até agora? – Avenon estranhou, uma preocupa??o franzindo seu sobrolho.
- Porque queremos ficar com vocês. Nós discutimos muito sobre isso... – falou Avor Grada com timidez, um pouco insegura como isso seria recebido pelos pais e, principalmente, por Lázarus e Ariel.
- E por que vocês têm esse desejo? – Mulo perguntou, o olhar sério e pensativo.
- Nós nos unimos porque as estórias que contavam, sobre como vocês agiam, como se ajudavam, como se cuidavam nos tocou, e quisemos isso para nós. Ent?o sentimos a felicidade de vocês quando você nos chamou, m?e – Teluruden falou, - e quisemos isso para nós também. Lógico que se n?o for esse o desejo de vocês a gente vai entender e ...
- V?o entender coisa nenhuma – ralhou Darvana, os olhos fixos na filha.
- Lógico que n?o vamos – riu Toruen, sob os olhos tranquilos e silenciosos da irm?.
- Isso vai ser realmente ótimo – Darvana e Sol concordaram satisfeitas, mostrando toda a felicidade que ia em suas almas.
- Vai ser incrível ter vocês por perto – Lázarus sorriu feliz, ainda mais ao ver descer na varanda seus dois amigos, Miguel e Emanoel que, assim que foram avistados pelas crian?as, causou intenso frenezi nelas, que logo os cercaram.