A cena muda para a sala de reuni?o, onde as mesmas pessoas de antes estavam reunidas, ansiosas.
— O monarca no país da Primeira Divis?o é extremamente poderoso. Se ele devorar o outro monarca, vai ficar ainda mais forte, e eu n?o tenho garantia de que seremos capazes de vencê-lo. — declarou Kay, sua voz grave ecoando pela sala.
— Pera aí, amor. Esse monarca é t?o forte assim? A ponto de você ter comido dois monarcas e ele nenhum, mas ainda conseguir dar conta de você? — perguntou Emília, incrédula.
— Eu já expliquei antes. Esse monarca usa magia. E magia é poderosa. — respondeu Kay.
Mira se virou para Lavel, preocupada.
— Lavel, n?o tem nenhuma grava??o sobre esse monarca?
Lavel olhou para o monitor.
— N?o sei se isso é melhor ou pior, mas ele está avan?ando pelos reinos daquele país e indo diretamente para onde o capit?o Julius está.
De repente, a televis?o come?ou a transmitir imagens de cameras mostrando o exército de ghouls marchando em dire??o à Primeira Divis?o.
— Qual deles é o monarca? — perguntou Rem, franzindo o cenho.
— Deve ser um dos que est?o na linha de frente. — sugeriu Lena.
— Sério? Dá um zoom naquela pessoa sentada nas costas de um dos ghouls! — pediu Kay, apontando para a tela.
Lavel ampliou a imagem, revelando uma figura inesperada.
— é uma garota? — exclamou Himitsu, confusa.
— Pior do que isso. — disse Ravena, séria. — é uma garota mágica.
— Um monarca? — perguntou Mira, surpresa.
— Também. Mas parece que ela se acha uma garota mágica. — explicou Ravena, cruzando os bra?os.
— Mas o que é uma garota mágica? — perguntou Aiko, curiosa.
— é uma garota com roupas chamativas e que usa magia. — respondeu Ravena, casualmente.
Fernanda arqueou uma sobrancelha, desconfiada.
— Você tá inventando isso, né?
— N?o t?, n?o. Elas existem em outros mundos. — rebateu Ravena.
— Outros mundos? — Fernanda parecia ainda mais confusa.
Kay ergueu a m?o, interrompendo.
— Vamos chegar nessa parte. — disse ele, pensativo. — "Garota mágica... Que mentalidade problemática essa garota foi ter!"
— Elas s?o t?o ruins assim? — perguntou Mira.
— Elas s?o como heróis: lutam pela justi?a, mas usando magia. As roupas chamativas fazem parte de uma transforma??o. Agora, imagine um monarca que acha que é uma garota mágica, mas com a maldade de um ghoul. Vai ser complicado.
— Ent?o s?o humanas com poderes? — perguntou Emília, intrigada.
— Tem muitas espécies e tipos diferentes delas em outros universos. — explicou Kay.
Fernanda e Aiko se entreolharam, chocadas.
— Multiversos s?o reais?!
Kay sorriu levemente.
— Interessante, n?o é?
— Sim! — responderam ambas, empolgadas.
Yan apontou para a televis?o, interrompendo a conversa.
— E o que você vai fazer sobre aquilo?
O exército de ghouls estava posicionado diante da Primeira Divis?o do exército humano, prontos para o confronto. A tens?o no ar era quase sufocante.
— Ele disse que n?o precisava da ajuda de outros reinos. N?o tenho motivos para ajudá-lo. — declarou Kay, de bra?os cruzados, com um tom indiferente.
Stolen from its rightful author, this tale is not meant to be on Amazon; report any sightings.
— Vai deixar eles morrerem?! — exclamou Rem, sua voz carregada de indigna??o.
Todos na sala fixaram seus olhares em Kay, esperando por uma resposta.
Kay apontou para a tela da televis?o, onde o confronto entre os dois exércitos era transmitido ao vivo.
— Eles est?o conversando. Aquela monarca demorou demais para atacar. Isso só pode significar uma coisa: ela conhece o Julius.
— N?o tem som, Lavel? — perguntou Mira, ansiosa.
— N?o. O Julius deu ordem para os soldados deixarem os celulares na base. N?o capto som algum. — respondeu Lavel, ajustando os equipamentos.
— "Privacidade?" — murmurou Emília. — Ent?o ele já sabia que essa monarca iria tentar conversar com eles antes!
— Pelo jeito, ela deve estar querendo o Julius no exército dela. — disse Ravena, analisando os movimentos mostrados na tela.
A cena muda.
No campo de batalha, a monarca estendia a m?o em dire??o ao capit?o Julius, sua postura majestosa e amea?adora.
— N?o precisa ser assim. Volte para o lado humano e podemos voltar a ser irm?os, como éramos antigamente! — disse Julius, sua voz carregada de desespero.
A monarca, com um sorriso frio e vazio, respondeu:
— N?o sei do que está falando. A hospedeira já morreu há muito tempo. Esse corpo agora me pertence.
— Julia, sou eu! Seu irm?o, Julius! — ele insistiu, quase implorando.
A monarca estreitou os olhos, impaciente.
— N?o ouviu o que acabei de dizer? Eu n?o tenho tempo a perder com vocês. Se n?o quer vir para o meu lado como humano, ent?o eu o matarei e transformarei seu cadáver em um ghoul!
Julius apertou o cabo de sua arma, seu olhar fixo no rosto da monarca.
— Se ela está morta... ent?o me diga, por que está chorando? — gritou ele, enquanto sacava sua espada.
As palavras de Julius atingiram a monarca como um golpe invisível. Instintivamente, ela tocou o próprio rosto, sentindo as lágrimas escorrerem.
— Maldito! — rosnou ela, sua voz carregada de raiva e algo que parecia... dúvida.
Julius deu um passo à frente, os olhos fixos na garota à sua frente.
— N?o pode ser verdade. Quando ela virou um ghoul, ela ainda era pequena. Eu me tornei um soldado para encontrá-la. Me devolva minha irm?!
A monarca manifestou um bast?o reluzente em sua m?o, envolto em uma energia mágica.
— Cale a boca! — gritou ela, furiosa. O bast?o brilhou intensamente, e uma imensa rajada de fogo disparou em dire??o ao exército humano.
— Isso vai dar ruim! — disse o vice-capit?o Arion, manifestando seus tentáculos para proteger os soldados.
Em uníssono, todos os soldados da Primeira Divis?o, incluindo Julius, manifestaram seus próprios tentáculos, criando barreiras improvisadas contra o ataque.
Kay observava tudo através do portal, sua express?o inabalável.
— Entendi... ent?o ela é sua irm?. — murmurou ele, antes de sair do portal com um movimento decisivo. Sem hesitar, lan?ou uma poderosa rajada de vento que desviou o fogo da monarca, protegendo o exército humano.
A monarca estreitou os olhos, claramente irritada.
— N?o conseguiu esperar e decidiu vir direto para sua morte? — exclamou ela, o bast?o ainda brilhando em sua m?o.
Antes que Kay pudesse responder, algo aconteceu. Ele foi perfurado por uma lan?a invisível, sangue escorrendo de sua boca.
— Seu maldito... — grunhiu Kay, cuspindo sangue, mas com um sorriso desafiador.
Julius avan?ou, brandindo sua espada com ferocidade.
— N?o vai tocar na minha irm?! — rugiu ele, com uma determina??o quase insana.
Ravena saiu do portal naquele momento, acompanhada pelos outros generais de Kay e os outros ghouls sob o comando do mini ghoul, sua voz cortando o caos:
— Seu idiota! Nós viemos ajudar!
— V?o embora! Ninguém pediu a ajuda de vocês! — gritou Julius, sua voz carregada de frustra??o e raiva.
Kay, parado no campo de batalha, manteve a postura firme e o olhar frio.
— Está perdendo a compostura, Julius. N?o é isso que o mundo espera do grande capit?o da Primeira Divis?o. — disse Kay, o tom ir?nico, mas controlado.
Julius cerrou os dentes, apontando a espada em dire??o a Kay.
— Isso é um assunto de família! N?o se intrometa!
Kay deu um passo à frente, desconsiderando completamente a amea?a.
— N?o vou matá-la. — afirmou ele, a voz carregada de convic??o. — A mente da sua irm? foi corrompida. Agora ela é ambos: ghoul e humana.
Os olhos de Julius arregalaram-se com a revela??o.
— Ela ainda está viva? — exclamou ele, a esperan?a misturada com desespero.
— O corpo é dela, mas já está tomado. A mente dela está lutando. Temos uma chance de trazer ao menos a consciência dela de volta. — explicou Kay, fixando o olhar na garota mágica. — Embora... ainda restar?o fragmentos do ghoul.
Antes que Julius pudesse responder, a garota mágica interrompeu, a voz cortante como uma lamina:
— Você fala demais.
Em um movimento ágil, ela se aproximou de Kay, sua m?o tocando suas costas com uma for?a sobrenatural.
— Congele. — sussurrou ela.
Do ponto onde a m?o da garota mágica tocava, o corpo de Kay come?ou a congelar. O gelo se espalhava rapidamente, cobrindo suas costas, seus bra?os e amea?ando seu rosto. Ele tentou recuar, mas o frio implacável continuava a avan?ar, aprisionando-o lentamente em uma crosta cristalina.
No entanto, Kay n?o era um inimigo comum. Um líquido ardente come?ou a escorrer das áreas afetadas — ácido sulfúrico, gerado pelo próprio corpo dele. O ácido encontrou o gelo, e a rea??o foi violenta.
O som era aterrorizante: um chiado constante, seguido por estalos enquanto o gelo derretia e a fuma?a subia em nuvens de vapor. A temperatura ao redor parecia oscilar entre o extremo frio e o calor escaldante.
A dor era excruciante. Kay sentia como se sua pele estivesse sendo rasgada e queimada ao mesmo tempo, mas ele n?o parou. Continuava a liberar o ácido, sua for?a de vontade inabalável, suprimindo o avan?o do gelo.
— Você vai precisar de mais do que isso para me derrubar. — rosnou Kay, com um sorriso desafiador no rosto, enquanto as últimas camadas de gelo derretiam em um espetáculo de vapor e faíscas químicas.
A garota mágica estreitou os olhos, claramente surpresa por n?o ter conseguido derrotá-lo t?o facilmente.
— Interessante. — murmurou ela, segurando seu bast?o com mais for?a. — Vamos ver até onde consegue resistir
Kay deu um passo à frente, ignorando os resquícios de dor.
— Julius. — disse ele, sem desviar o olhar da garota mágica. — Se quer salvar sua irm?, sugiro que deixe seu orgulho de lado e a deixe comigo e cuido do exercito dela.
Julius hesitou, segurando a espada com m?os trêmulas. O olhar de Kay, embora feroz, transmitia algo inesperado: confian?a.
— "Droga... ele está certo." — pensou Julius, finalmente retornando para perto dos humanos.
— Ei, garota mágica, vamos lutar em outro lugar! — provocou Kay, abrindo um sorriso desafiador.