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Capítulo 146

  Aiko respirou fundo, pegando Alice nos bra?os com cuidado.

  No país do antigo Quinto Esquadr?o...

  — O que pensa que está fazendo, sequestrando uma crian?a?! — exclamou Kay, sua voz carregada de fúria enquanto encarava o monarca e seu exército. Seus olhos vermelhos brilhavam, refletindo a energia selvagem que crescia dentro dele.

  — N?o adianta eu usar viagem dimensional se você consegue chegar aqui t?o rápido? Fascinante... — comentou o monarca, ignorando a acusa??o, seus olhos avaliando Kay como um predador analisa uma presa.

  Kay cerrou os punhos, a raiva evidente em cada fibra de seu corpo. — O que pretende fazer com a crian?a? — gritou, a irrita??o transbordando.

  — Ele é uma moeda de troca — respondeu o monarca, com um tom tranquilo que contrastava com o caos ao seu redor. — Eu quero uma alian?a, Kay. Em troca, você terá seu filho de volta.

  Kay estreitou os olhos. — Alian?a? — sua voz era carregada de desconfian?a.

  — Isso mesmo. Quero que me ajude a matar os outros monarcas. N?o interferiremos nos territórios um do outro e só lutaremos quando os outros dois estiverem eliminados. Simples, n?o? — disse o monarca, como se estivesse apresentando uma proposta comercial.

  — Só isso? — Kay perguntou, a voz fria e cortante.

  — Sim. — O monarca respondeu com um sorriso sombrio.

  Kay respirou fundo, controlando a raiva que borbulhava dentro dele. — Eu tenho outra condi??o — disse ele, apontando para o monarca com firmeza. — Você n?o vai ferir ou devorar os meus humanos. Nem um sequer.

  — Tudo bem — respondeu o monarca, indiferente.

  — Ent?o temos um pacto — declarou Kay. Sem hesitar, ele cortou um de seus dedos, deixando o sangue escorrer.

  O monarca fez o mesmo, cortando a ponta de um de seus tentáculos. Ambos entregaram as partes cortadas a um ghoul, que as levou para o outro. Kay engoliu o peda?o do tentáculo, sentindo uma onda de calor percorrer seu corpo. O monarca fez o mesmo com o dedo de Kay, e em ambos surgiu uma marca no ombro que brilhava intensamente por alguns segundos antes de ficar marcado na pele deles.

  — O pacto está formado. Agora, devolva meu filho. E com cuidado — exigiu Kay, com os olhos fixos no monarca.

  O monarca enrolou um de seus tentáculos ao redor do pequeno corpo de Yuta, entregando-o cuidadosamente para Kay. O alívio tomou conta do rosto de Kay enquanto ele segurava seu filho contra o peito.

  — Agora suma do meu território. Quando chegar a hora de atacar, eu aviso — disse o monarca, voltando-se para seu exército.

  Kay, no entanto, permaneceu imóvel, sua presen?a preenchendo o ambiente como uma tempestade iminente. Ele olhou para o monarca, seus olhos ardendo com determina??o.

  — Deixa eu te dar um aviso — disse ele, sua voz agora baixa, mas carregada de amea?a.

  O céu acima escureceu ainda mais, trov?es iluminando o campo com flashes que dan?avam nas nuvens negras.

  — Se tocar em qualquer pessoa inocente, você irá se arrepender — disse Kay, manifestando suas asas em um movimento poderoso, sua energia parecendo rasgar o ar ao seu redor.

  O monarca abriu um sorriso perverso. — Eu vou saborear cada peda?o — respondeu ele, em tom provocador.

  Kay estreitou os olhos. — Depois, n?o chore dizendo que n?o avisei. — E com isso, ele al?ou voo, levando Yuta consigo.

  O céu, como se obedecesse à autoridade de Kay, come?ou a se acalmar, voltando lentamente ao normal. O monarca observou Kay desaparecer no horizonte, um sorriso enigmático no rosto.

  — Tudo está indo de acordo com o plano — murmurou o monarca para seus soldados.

  A cena mudou.

  Ravena e o mini ghoul estavam voando a toda velocidade, o vento cortando seus rostos enquanto se aproximavam de Kay, que voava devagar. Eles reduziram a velocidade e se alinharam ao lado dele.

  — Ele está bem? — perguntou Ravena, ofegante, mas preocupada.

  Kay olhou para ela, um sorriso aliviado no rosto. — Sim. Ele está só um pouco assustado, mas vai ficar bem.

  Ravena se aproximou mais, estendendo a m?o para acariciar o rosto de Yuta. — Que bom... N?o precisa ter medo, Yuta. Olha só, você está salvo agora! — disse ela com um sorriso caloroso, tentando acalmar a crian?a.

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  O pequeno Yuta, que até ent?o estava tenso, come?ou a rir baixinho, contagiado pela energia maternal de Ravena.

  — Eu sei lidar com crian?as! — disse Ravena, triunfante, enquanto lan?ava um olhar de desafio ao mini ghoul.

  O mini ghoul olhou para o símbolo no ombro de Kay, franzindo o cenho. — Esse símbolo... Por que você fez um pacto com aquele monarca? — perguntou ele, a indigna??o em sua voz clara.

  Kay suspirou. — N?o tive escolha. Ele estava com o meu filho. Mas n?o se preocupe. Quando esse símbolo desaparecer, eu ainda vou devorar aquele desgra?ado.

  Ravena cerrou os punhos, sua express?o endurecendo. — Ent?o ele conseguiu ganhar tempo. Maldito...

  Kay olhou para ambos com determina??o. — Eu sei o que estou fazendo. Quando chegar a hora, ele vai pagar por isso.

  A cena muda para a base. Mira estava abra?ando seu filho com for?a, lágrimas discretas caindo de seus olhos enquanto ela repetia, quase como um mantra:

  — Que bom... Que bom... — sua voz estava embargada, mas carregada de alívio.

  Kay observava a cena de pé, seus ombros tensos. Ele desviou o olhar, sentindo um aperto no peito antes de murmurar:

  — Ele veio atrás de mim... Me desculpa.

  Mira ergueu o olhar para ele, seus olhos brilhando com uma mistura de alívio e cansa?o. — Disso eu sei. Um monarca n?o iria ganhar nada sequestrando nosso filho se n?o fosse para atingir você. — Sua voz era firme, mas o tom de dor era inegável.

  — Desculpa... — repetiu Kay, sua voz carregada de arrependimento.

  Mira respirou fundo, acariciando a cabe?a de Yuta, que agora estava tranquilo em seus bra?os. — Ele tá bem, e é isso que importa. N?o importa como, você trouxe ele de volta.

  Kay apertou os punhos, uma express?o determinada tomando conta de seu rosto. — Vamos ter uma reuni?o. Reúna os líderes. Temos muito o que discutir.

  Ravena, que estava por perto, assentiu rapidamente. — Certo. Vou chamar todos. — E, sem hesitar, ela se afastou, sua postura refletindo sua seriedade.

  — Lavel, a Rem já está vindo? — exclamou kay

  Pelo celular do kay, Lavel confirmou de imediato. — Sim! Ela está a caminho com a Aiko e a Alice.

  Kay respirou fundo. — ótimo.

  Ele se virou para as outras presentes, sua voz firme e autoritária. — Tia, Emília, Mini Ghoul, Carol... Vocês também v?o participar da reuni?o.

  Sem hesitar, todas concordaram, cada uma com uma express?o que refletia a gravidade do momento.

  Alguns minutos depois, todos estavam reunidos na sala de reuni?es. A atmosfera era pesada, carregada de expectativa e tens?o.

  — Já pedi à Lavel para avisar as pessoas da base. Vou isolar este lugar. — A voz de Kay era grave e determinada, enquanto ele segurava Yuta firmemente nos bra?os.

  Do lado de fora da base, nuvens espessas e carregadas de raios come?aram a se formar, cobrindo todo o perímetro em uma tempestade que rugia com for?a crescente. No interior, uma neblina fina e densa espalhou-se silenciosamente, cobrindo o ch?o como um véu fantasmagórico.

  — Por que tanto cuidado? — perguntou Ravena, franzindo a testa enquanto olhava pela janela para o céu sombrio.

  Kay manteve o olhar firme no grupo. — O monarca sabia que Yuta era meu filho. Ele sabia o meu nome. Como vocês acham que ele descobriu isso?

  Ravena ergueu uma sobrancelha, irritada. — N?o está dizendo que temos um traidor no exército, está?

  — Isso é um absurdo! — exclamou Lena, surpresa.

  Kay levantou a m?o, pedindo calma. — Eu n?o disse isso. Mas foi um bom palpite. — Ele fez uma pausa, olhando para todos. — Eu acredito que dentro do exército daquele monarca, algum ghoul adquiriu uma habilidade que permite que ele nos veja, mesmo estando em outro país. Se for esse o caso, essa habilidade seria um complemento perfeito para o poder do monarca de abrir portais.

  Houve um silêncio carregado. A gravidade da situa??o era clara para todos.

  — Agora ele tem vis?o e a capacidade de chegar a qualquer lugar do mundo a qualquer momento. De fato, é problemático. — Aiko quebrou o silêncio, sua voz carregada de preocupa??o.

  Fernanda, que estava pensativa, finalmente se manifestou: — Mas o que faz um ghoul receber habilidades t?o específicas?

  Kay ajustou Yuta em seus bra?os antes de responder: — Seu monarca. Monarcas podem evoluir infinitamente, mas a cada evolu??o, as chances de obterem novas evolu??es diminuem. Ainda assim, quando ocorre, as habilidades que o Monarca comparilha a eles parecem ser influenciadas pela natureza do próprio ghoul. Por exemplo... Ravena.

  Ravena ergueu o rosto com um sorriso orgulhoso. — Sim?

  Kay a olhou com seriedade. — A sua habilidade de criar uma foice que libera uma intensa energia cortante é um reflexo direto de quem você é.

  Ravena sorriu ainda mais, batendo a m?o no peito. — Foices s?o legais.

  Kay continuou, apontando para outra integrante do grupo. — A Carol tem supervelocidade.

  — Super?! — Aiko e Emília exclamaram ao mesmo tempo, os olhos brilhando de empolga??o.

  Carol, no entanto, virou o rosto, tentando esconder o leve rubor. — Nem é tanto assim...

  Kay ignorou a modéstia dela e prosseguiu. — Já o Mini Ghoul tem a capacidade de acumular energia através do movimento. Ele pode usar essa energia tanto para ataque quanto para defesa. Entre vocês, ele é o mais forte.

  O Mini Ghoul abriu um sorriso vitorioso, cruzando os bra?os como se fosse o rei da sala. Ravena imediatamente estreitou os olhos.

  — Maldito! — murmurou ela, cerrando os punhos.

  O Mini Ghoul inclinou-se para frente, provocando. — O que foi? Quer brigar?

  — Vou quebrar você na porrada! — Ravena levantou-se de repente, a aura ao seu redor come?ando a se intensificar.

  — Ent?o venha! — O Mini Ghoul também se levantou, um sorriso debochado no rosto.

  Kay suspirou, massageando as têmporas. — Carol.

  — Certo. — Em um piscar de olhos, Ravena e o Mini Ghoul estavam de volta aos seus lugares, as m?os amarradas firmemente por cordas feitas de uma energia cintilante.

  — Ei! — protestou Ravena, tentando se soltar. — O que é isso?!

  — N?o fa?am a gente perder tempo. — Carol já estava sentada calmamente em seu lugar, com os bra?os cruzados, como se nada tivesse acontecido.

  Kay olhou para os dois, sua express?o firme. — Sim, em termos de habilidade, o Mini Ghoul pode ser o mais forte. Mas for?a n?o é tudo. Depende de como vocês utilizam suas habilidades e da determina??o de cada um de vocês.

  Ravena olhou para Kay com os olhos semicerrados, mas parecia mais calma. Já o Mini Ghoul deu de ombros, um sorriso travesso ainda brincando em seus lábios.

  — Magia e habilidade podem parecer semelhantes, mas diferem de maneira crucial. — Kay come?ou a explicar, enquanto todos na sala o ouviam atentamente. — A habilidade, como a do Mini Ghoul, usa a energia que já está presente no corpo e a libera para fora, manipulando algo que já existe. Agora, magia... magia é completamente diferente. Ela n?o manipula algo que já está lá; ela cria algo do nada.

  Kay fez uma breve pausa, observando as rea??es ao seu redor antes de continuar:

  — Por exemplo, aquele portal que o monarca usou. Ele n?o manipulou um espa?o que já existia; ele literalmente criou uma passagem curta entre um ponto e outro. Isso é magia. é por isso que magias s?o t?o poderosas e, ao mesmo tempo, t?o raras, mesmo entre os ghouls.

  Yan, curioso. — E a sua? Também é magia?

  — Pode-se dizer que sim. Mas há uma diferen?a. Eu n?o crio algo do nada. Eu manipulo os elementos que já existem na natureza e os transformo como eu quero. — Sua voz ficou mais grave, carregada de poder. — Minha verdadeira habilidade é recriar desastres naturais. — explicou kay

  A sala mergulhou em silêncio por um momento. Fernanda arregalou os olhos, assimilando a resposta.

  — "Recriar desastres naturais..." — pensou ele, sentindo um arrepio subir pela espinha. — "Ent?o o que vimos até agora... nem sequer arranhou a superfície do que ele é capaz?"

  Kay cruzou os bra?os, olhando de relance para os rostos ao seu redor. — Vocês entenderam agora? Magia é uma for?a que desafia as regras naturais. Mas, no fim, seja magia ou habilidade, o que importa é como você as utiliza

  Rem engoliu em seco, ainda impressionado. — "Recriar desastres naturais... esse kay.. ele é realmente perigoso."

  — Idiota... Eu avisei. — murmurou Kay, enquanto uma express?o sombria se formava em seu rosto. Seus olhos fixos no vazio refletiam uma mistura de irrita??o e resigna??o.

  — O que aconteceu? — perguntou Rem, alarmada ao perceber a mudan?a de humor dele.

  Todos na sala estavam atentos quando o símbolo no ombro de Kay come?ou a desaparecer, queimando em um brilho tênue antes de sumir completamente.

  — O monarca morreu. — anunciou Kay, sua voz grave, como se estivesse afirmando uma senten?a final.

  — Morreu? Mas como? — exclamou Joana, incrédula.

  — Foi outro monarca? — arriscou Mira, visivelmente tensa.

  — Idiota... Eu avisei. — murmurou Kay, enquanto uma express?o sombria se formava em seu rosto.

  — O que aconteceu? — perguntou Rem, alarmada ao perceber a mudan?a de humor dele.

  Todos na sala estavam atentos quando o símbolo no ombro de Kay come?ou a desaparecer, queimando em um brilho tênue antes de sumir completamente.

  — O monarca morreu. — anunciou Kay, sua voz grave

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